A CAÇA DA ANTA (Tapirus terrestris) E AS IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DAS FLORESTAS BRASILEIRAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Francisco Igor Ribeiro dos Santos; Letícia Sousa dos Santos Ferreira; Francisco Eduardo dos Santos Sousa; Esdras Phelipe de Oliveira Santos; Jeferson Sousa Alencar; Clarissa Gomes Reis Lopes

Francisco Igor Ribeiro dos Santos Universidade Federal do Piauí
Letícia Sousa dos Santos Ferreira Universidade Federal do Piauí/ Discente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente https://orcid.org/0000-0001-6005-0155
Francisco Eduardo dos Santos Sousa Universidade Federal do Piauí/ Discente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Esdras Phelipe de Oliveira Santos Universidade Federal do Piauí/ Discente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente https://orcid.org/0000-0001-5123-2336
Jeferson Sousa Alencar Universidade Federal do Piauí/ Discente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente https://orcid.org/0000-0002-8407-6859
Clarissa Gomes Reis Lopes Docente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) e do Curso de Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí. https://orcid.org/0000-0001-7290-4576

Resumen

Esse artigo teve como objetivos registrar as principais regiões brasileiras onde a anta sofre pressão da caça; listar as principais famílias de plantas dispersas pela Tapirus terrestris no Brasil e verificar os possíveis efeitos da caça na dispersão de sementes por essa espécie. Para isso, fizemos um levantamento bibliográfico de artigos científicos disponibilizados no banco de dados do Google Acadêmico, em um intervalo de 2005 a 2019. Encontramos um total de 36 trabalhos relacionados a caça e apenas seis voltados para a dispersão de sementes pela anta. As publicações, principalmente de caça, estão concentradas na região Norte do Brasil, porém também encontramos estudos para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Levantamos um total de 139 espécies de plantas dispersas pela anta, sendo que Melastomataceae foi a família com maior riqueza. Os nossos resultados apontam que as principais ameaças das antas são a fragmentação do habitat e a caça. O comércio e questões culturais, como o uso de subprodutos na medicina tradicional, também podem representar grades riscos a essa espécie.