CONHECIMENTO E USO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS NA AMAZÔNIA

Palabras clave: Estudios interdisciplinarios, Etnobotánica, Plantas útiles

Resumen

Este artigo realizou um levantamento de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) em Caruaru e Castanhal de Mari-Mari, comunidades tradicionais localizadas na Ilha do Mosqueiro, Belém-PA. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas dialogadas, direcionadas por formulários semiestruturados. A coleta do material botânico ocorreu por meio de turnê guiada, e a identificação das espécies feita através de bibliografias especializadas. Para análise qualitativa, tabulou-se as informações socioeconômicas, assim como, a compilação das informações de cada etnoespécie indicada, como forma de consumo e parte utilizada. Em Caruaru, foram citadas 79 etnoespécies, identificando-se 36, onde, as mais citadas foram o Açaí, Bacuri e Castanha do Pará, e as família mais representativas foram Lamiaceae, Malvaceae e Myrtaceae. Já em Mari-mari, 69 etnoespécies foram indicadas, sendo 21 identificadas, onde as mais citadas foram o Cupuaçu, o Uxi e o Mari, destacando-se as famílias Anacardiaceae, Lamiaceae e Sapotaceae. Em relação aos índices, em Caruaru, o Valor de Uso (UVs), tem-se o Açaí (2.167), o Bacuri (2.167), a Castanha do Pará (1.500) e o uxi (1.333) com os maiores valores. Enquanto Consenso de Uso (UCs) destaca-se as mesmas etnoespécies, Açaí (0.667), Bacuri (0.222), Castanha do Pará (0.222) e Uxi (0.000). Para a comunidade de Mari-mari, os maiores (UVs) salientam-se para o Cupuaçu (1.900), Chicória (1.400), Uxi e Mandioca com valores iguais (0.900). Para Consenso de Uso (UCs), foram o Cupuaçu (0.600), Uxi (0.400), Mari (0.222) e a Chicória (0.000). Os resultados evidenciaram a importância das PANCs para a subsistência e como fonte de renda para as comunidades.

Publicado
2022-08-19
Sección
Artículos en extenso